sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
ESCOLA DE ESCÂNDALO - O RETORNO
A lendária Escola de Escândalo está de volta . O show marca a volta da banda e também inaugura o espaço do Cult 22 Rock Bar, aos 22 de janeiro, sábado, a partir das 22h, Lago Norte. Em época de vacas magras para o rock nacional, a banda e o espaço são mais que bem vindos para os rockers brasilienses e turistas de todo o país, fazendo coro com outros poucos rock clubs no DF ao lado do América Rock Club, em Taguatinga. Espera-se do Escola a mesma atitude dos anos80, onde o punk e a crítica sócio-política diziam: Presente. Isto porque a triste realidade contemporânea é totalmente diferente e fácil de ser percebida nas bandas de sucesso nacional, inclusive as que saíram do DF, onde as cifras e preços para tocarem em shows, rádio e TV ditam o que pode e o que não pode ser escrito, dito , cantado.
É isso mesmo. Até o fato de Brasília ser Capital do Rock virou balela. Enquanto bandas de rock e de outros gêneros amargam não terem espaços no DF, políticas de incentivo e dinheiro para sobrevivência básica , bilhões de reais são desviados dos cofres públicos dessa Capital da Vergonha e da Propina! E isto só da verba destinada a fomentar a cultura da cidade.
Por essa e outras, bem vindo ao club da velha e atual luta, Escola!
Em tempo. Antes de fechar mais essa edição do Libertário é importante destacar fatos interessantes de um dos integrantes do Escola de Escândalo.
Para quem não sabe, Geraldo Gerusa, baixista, poderia ter tocado o baixo da Legião Urbana antes mesmo de Negrette. Renato Russo cansou de chamar Gerusa para ocupar esse posto, até que este perdeu a paciência e disse não de vez a Renato. O baixista também é irmão do ex-Capital, Loro Jones e fez política cultural com Marissol e Rogerio Aguas, no parlamento brasiliense, época em que Heloísa Helena e a Deputada Maninha ainda eram do Partido dos Trabalhadores. Maninha abriu espaço para esses rockers em seu gabinete. Gerusa, Aguas e Marissol elaboraram os títulos de cidadãos honorários de Brasília para todos os músicos dos Paralamas, do Capital Inicial e agilizaram o Título Post Mortem de Renato Russo. Os parlamentares aprovaram outorgando os títulos e promoveram as políticas públicas para a cultura do DF desenvolvida pelos assessores do rock n roll. Destaque para o fato de ter sido nesse contexto a primeira apresentação ao vivo de Herbert Vianna e sua banda, após o acidente no ultra-leve que o vocalista sofrera. Herbert tocou violão e cantou pelo menos 5 músicas na Câmara Legislativa do DF, lotando corredores e o plenário da Casa do Espanto, acertado apelido daquela Assembléia Legislativa. Isto tudo aconteceu um dia antes da retomada oficial dos Paralamas em Goiânia e deveria ser incluso na história do grupo, pois não consta na biografia oficial dos Paralamas do Sucesso.
Hasta la vista.
Por Rogerio Aguas e Magu Cartabranca.